A Bahia conquistou, em março de 2024, o reconhecimento como zona livre de febre aftosa sem vacinação, conforme portaria do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA). Esse avanço sanitário foi resultado de um planejamento estratégico e da atuação integrada entre governo, setor produtivo e técnicos da defesa agropecuária. A suspensão da vacinação representou uma economia estimada em R$ 100 milhões para a cadeia produtiva baiana e ampliou o o a mercados internacionais exigentes, tornando o estado um exemplo nacional de eficiência sanitária e compromisso com o desenvolvimento agropecuário sustentável.
Seguindo esse caminho, o Brasil foi oficialmente reconhecido como país livre de febre aftosa sem vacinação pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) em 29 de maio de 2025. Esse marco histórico simboliza o êxito de décadas de esforços coordenados entre o setor público e privado, consolidando a imagem do país como referência sanitária no cenário internacional. A suspensão da vacinação em nível nacional resultará em uma economia superior a R$ 500 milhões para os produtores, além de agregar valor à carne brasileira, agora apta a entrar em mercados altamente exigentes, como Japão e Coreia do Sul.
Entretanto, a retirada da vacinação impõe novos desafios, principalmente no que diz respeito à vigilância epidemiológica e à resposta rápida diante de possíveis surtos. Para manter o status sanitário conquistado e assegurar a confiança dos parceiros comerciais, será essencial ampliar os investimentos em infraestrutura, capacitação técnica, laboratórios de diagnóstico e sistemas de rastreabilidade. Com responsabilidade compartilhada entre produtores, indústria e governo, o Brasil tem agora a oportunidade de fortalecer sua competitividade no mercado global de carnes, elevar sua reputação sanitária e ampliar ainda mais sua presença nas exportações agropecuárias de alto valor agregado.
ZooVet em Pauta com Dr. Alessandro Machado | Ep. 43
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