Bioclimatologia e bem-estar na produção de leite - ZooVet em pauta com Dr. Alessandro Machado


    Os fatores bioclimatológicos, como temperatura, umidade relativa do ar, radiação solar e ventilação, exercem grande influência sobre a fisiologia, comportamento e produtividade das vacas leiteiras. Esses animais são altamente sensíveis às variações climáticas, especialmente ao calor excessivo, que pode causar estresse térmico e comprometer funções vitais. A manutenção do equilíbrio térmico é fundamental para que o metabolismo funcione de forma eficiente, garantindo um desempenho adequado em termos de produção de leite, reprodução e saúde geral.

    Sob condições de estresse térmico, vacas leiteiras alteram seu comportamento natural, reduzindo o consumo de alimento, ando mais tempo em pé e diminuindo o tempo de ruminação e descanso. Essas mudanças resultam em menor ingestão de matéria seca e pior aproveitamento dos nutrientes, afetando diretamente a produção e a qualidade do leite. Além disso, o estresse térmico pode aumentar a frequência respiratória, comprometer a imunidade e elevar os índices de doenças metabólicas e infecciosas, o que impacta negativamente o bem-estar dos animais.

    Portanto, a adoção de estratégias de manejo ambiental, como sombreamento, resfriamento evaporativo, ventilação forçada e fornecimento adequado de água fresca, é essencial para minimizar os efeitos dos fatores bioclimatológicos adversos. Ambientes bem planejados e adaptados às condições climáticas locais favorecem o conforto térmico das vacas, permitindo que expressem seu comportamento natural, mantenham boa saúde e apresentem alta produtividade. Assim, o bem-estar animal torna-se um pilar fundamental para sistemas de produção leiteira eficientes, sustentáveis e éticos.

ZooVet em Pauta com Dr. Alessandro Machado | Ep. 42


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